domingo, 18 de julho de 2010




"Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto. Não sei sentir em doses homeopáticas.
Preciso e gosto de intensidade, mesmo que ela seja ilusória e se não for assim,
prefiro que não seja. Não me apetece viver histórias medíocres, paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar.
Não sei brincar e ser café com leite.
Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma, que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente
antes, durante e depois ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las.
Porque eu acho sempre muitas coisas - porque tenho uma mente fértil e delirante -
e porque posso achar errado - e ter que me desculpar - e detesto pedir desculpas embora o faça sem dificuldade
se me provarem que eu estraguei tudo achando o que não devia.
Quero grandes histórias e estórias; quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada.
Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira, mas tem que me convencer,
extrair o máximo do meu prazer e me fazer crêr que é para sempre quando eu digo convicto que 'nada é para sempre'."


[Gabriel Garcia Marquéz]

Nenhum comentário:

Postar um comentário